Nos Falsos Retratos, ao invés das esculturas – perfeitamente banhadas na luz diáfana dos museus dos séculos passados – que representavam o divino, o que aqui vemos são os cacos da história da escultura clássica. A série ressalta a artificialidade dos recursos ilusionistas que a própria história da arte perpetua. Pés e mãos em pedra mármore, retirados do seu contexto dos museus, são reanimados pelas imagens capturadas com o filme infravermelho. As imagens são de fato a captura da luz que advém das sombras desses monumentos em ruínas, como se ela quisesse dar-lhes vida novamente.